sábado, 24 de março de 2012

A Grande Esperança

"Porque deveras haverá bom futuro; não será frustrada [nossa] esperança". (Prov. 23:18)






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Caminhada rumo a Canaã

Calebe sempre foi um personagem bíblico que me impressiona muito, pois ele era um homem otimista, corajoso e fiel a Deus. Acho que por conta disso todos gostavam de ficar perto dele.
            Antes do povo de Israel ficar andando pelo deserto durante 40 anos, ele teve a oportunidade de tomar posse de Canaã e não o fizeram porque a maioria dos espias enviados para verificarem as condições da terra prometida ficou com medo e orientou o povo a não se arriscar embora aquele fosse o plano de Deus. Foi por isso que o povo teve que andar no deserto por mais 40 anos. Apenas Calebe e seu amigo Josué permaneceram firmes nas promessas de Deus e acreditaram que era possível possuir Canaã.
            Ao ler Josué 14:6-15, fico impressionado em ver que depois da longa jornada pelo deserto e da posse de Canaã, o mesmo ânimo, força e atitude que Calebe tinha quando jovem, ele ainda apresentava com 85 anos de idade, tanto que, ao escolher o pedaço de terra que iria pertencer a sua família ele não preferiu o mais fácil e sendo aquele espaço ainda habitado por cananeus se dispôs a lutar por ele. De fato ele é um grande exemplo de coragem e de confiança em Deus.
            Em contra partida, quando lemos o capítulo 17 de Josué vemos uma situação um pouco contrária. É o momento em que Josué está decidindo junto a meia tribo de Manassés qual seria o pedaço de terra que eles teriam como herança. Eles alegaram que a herança deles era pouca para o tamanho do seu povo e por conta disso Josué ofereceu-lhes outro local, só tinha um detalhe, esta montanha oferecida como terra para eles, assim como a terra de Calebe, ainda pertencia a alguns cananeus. Diferentemente de Calebe esta tribo exclamou: “A região montanhosa não nos basta; e todos os cananeus que habitam na terra do vale têm carros de ferro, tanto os que estão em Bete-Seã e suas vilas como os que estão no vale de Jezreel”. (Josué 17:16)
            Incrível como frequentemente nós tendemos a tomar a mesma atitude da tribo de Manassés de preferir sempre mais, mas principalmente de preferir o mais fácil. Em nenhum momento eles lembraram que Deus havia prometido toda a Canaã para o seu povo e, portanto, Ele seria fiel e lhes concederia a terra, eles tinham apenas que fazer a parte deles.
            Na caminhada rumo a Canaã celestial nós encontramos muitos obstáculos, e apesar do fato de que caminhar ao encontro de Jesus seja prazeroso, essa caminhada de vez em quando se faz árdua. Por quantas vezes nos sentimos incapazes e fracos para completá-la? Mas é nessas horas que devemos nos lembrar de que Deus nos prometeu esta terra e que Ele não falha, logo, um dia iremos habitar nela. Às vezes é necessário que guerreemos contra alguns gigantes, destruamos alguns carros de ferro e derrubemos algumas árvores para abrir caminho, mas tudo valerá a pena, pois no final ganharemos uma recompensa. Recompensa dada apenas para aqueles que acreditarem nas promessas de Deus e forem fiéis a elas, e além de tudo lutarem por ela.

sábado, 3 de março de 2012

Esforço humano + Poder de Deus

A cegueira era muito comum na época de Jesus, e suas causas eram várias: anomalias congênitas, infecção, lepra, catarata ou idade anaçada e os judeus associavam a cegueira, outras doenças e todos os tipos de sofrimentos ao pecado. No início do capítulo 9 do livro de João lemos a história de um cego de nascença e vemos como alguns judeus se aproveitaram da história para mais uma vez questionarem a Jesus. Ao perguntarem se a causa da cegueira daquele homem era o seu próprio pecado ou o pecado dos seus pais, Jesus respondeu a eles assim: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.” (João 9:3)
Ao ler coisas como estas eu dou glórias a Deus, pois assim consigo entender que muitos dos meus sofrimentos serviram para a manifestação da glória de Deus e assim muitos O conheceram e creram Nele.
Porém, o que mais me chama atenção neste relato bíblico se encontra nos seguintes versículos. “Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé. Ele foi, lavou-se e voltou vendo.” (João 9:6-7) O que me impressiona nesses textos não é o milagre em si, até porque Deus faz milagres até hoje, basta apenas crermos. O que me impressionou foi o fato de Jesus ter passado lodo nos olhos do cego e tê-lo mandado lavar. Porque Jesus fez isto se o poder não vinha do lodo e muito menos do tanque de Siloé, e sim Dele? Com apenas uma palavrinha de Jesus o cego poderia enxergar mais do que qualquer outra pessoa, mas então porque Deus usou outro recurso e ainda “deu trabalho” para o cego?
A resposta é simples... Tanto quanto possível, Deus quer que façamos a nossa parte. Se Deus não nos estimulasse a fazermos a nossa parte, a operação de milagres nos encorajaria a preguiça.
Durante o tempo em que Jesus andou por este mundo algumas pessoas O seguiram apenas porque Ele os sustentava e não porque de fato O aceitavam. Muitos até hoje apenas se “convertem” para tentar garantir que Deus não os desampare no que diz respeito ao vestuário alimentação e outros benefícios. É por isso que Deus não nos dá tudo com tanta facilidade. Ele espera que não sejamos preguiçoso, que façamos a nossa parte, e no mais, Ele com certeza nos abençoará.