sábado, 7 de janeiro de 2012

Desertos


Muitas pessoas dizem que é apenas quando tudo vai mal em nossas vidas que nos lembramos de Deus e nos apegamos a Ele. Infelizmente isso é uma grande verdade. Quando estamos em meio ao conforto, a estabilidade financeira, cobertos por planos de saúde e outras regalias dizemos ser dependentes de Deus, mas na verdade somos dependentes apenas desses recursos, pois infelizmente nem gratos a Deus nós somos direito. Não sou teóloga, portanto não sei quão certo meu pensamento está a respeito, mas pensando neste assunto resolvi criar uma teoria que tem sido muito útil para mim e que diz, “Deus, às vezes permite que caminhemos e passemos por alguns desertos para o nosso próprio bem”.
Desertos? Como assim? Os “desertos” contidos na minha teoria não são literais, aquele local de muita areia e de um calor causticante, e sim simbólicos. Eles simbolizam cada situação triste e ruim que passamos na vida.
Enquanto o povo de Israel morava no Egito, apesar de serem escravos, eles usufruíram de algumas coisas que eles com certeza não iriam ter no deserto, e talvez seja por isso que eles reclamavam tanto. Eles reclamavam por comida, água e pela falta do conforto do Egito, mas apesar de o deserto não oferecer muita coisa, eles nunca ficaram sem a providência e a companhia do Senhor. Na verdade, aquele tipo de vida só era possível por causa de Deus e de suas bênçãos ilimitadas.
Vemos na Bíblia que, nas experiências do deserto, vez após outra, as pessoas tem tido em Deus o suprimento suficiente. Foi assim com o povo de Israel, durante os 40 anos que eles viveram no deserto, na tentação de Cristo no deserto, após 40 dias de intensa comunhão com o Pai e até mesmo com Hagar e seu filho quando eles fugiram para o deserto.
Em nossa vida espiritual, as situações devem ter apenas dois objetivos distintos. Independente de quão boas ou ruins sejam as situações devemos ser sempre gratos a Deus e manter o louvor a Ele em nossos lábios. Mas quando a situação é muito ruim, um verdadeiro “deserto”, talvez ela esteja acontecendo para nos lembrar do quanto somos dependentes de Deus e que sem Ele nada seríamos.
Portanto, façamos nossas as palavras escritas pelo apóstolo Paulo em 2 Coríntios 12:9 e 10. “(...) me gloriarei nas fraquezas para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”

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